porque a vida sim

é uma caixinha de SURPRESAS.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um tal de "Nokote"


É engraçado. No começo daquele passeio, achávamos que seria o mais monótono e todos. A professora Viviane até tentou nos convencer de que aquele passeio seria um barato, e que, estando entre milhares de livros voltaríamos para casa mais cultos.
Mas eu continuava achando que aquele passeio seria o mais monótono de todos. Quem poderia imaginar que ficar caminhando horas e horas em uma praça cercada de livros, seria algo interessante. Mas foi.
Estávamos caminhando pela parte internacional da feira. Os guris estavam meio desinteressados por ela, até que eu olhei para o lado, onde uma banca me chamou atenção: a banca do Japão. Tenho muita curiosidade em conhecer melhor a sua cultura, sua língua, seus costumes, e, por que não, a sua literatura.
Os guris no começo não concordaram, mas de tanto eu insistir, consegui convence-los.
Para surpresa geral da nação, e para o meu total espanto, ao entrar na banca, não fomos recebidos por nenhum ser de olhos puxadinhos, pelo tipo melanina zero, cabelos pretos lisos e escorridos, dizendo repetidamente “arigatô”, “saionará” ou até mesmo um “nokote”.
Por falar em “nokote”, caí na tentação de procurar em um dicionário japonês a palavra “nokote”, besteira do Paulo e do Benhur, lógico. Reviramos o tal dicionário,e nenhum sinal da tal palavra, que na minha opinião é chinesa e não japonesa. Mas tudo bem. Desisti, mas eles continuaram procurando a palavra, mas nada acharam. De repente, ouvi a gargalhada do Benhur, e logo em seguida o Paulo gritando: “Nokote” não tem, mas achamos “noku”. “Noku” que significa em português, ato ou efeito de tirar algo por trás. Preciso falar mais alguma coisa? Maia um motivo de chacota entre os guris.
Apesar de estar interessante a nossa “caça ao nokote perdido”, me decepcionei com aquela banca. Esperava encontrar livros legais, tipo romance japonês, mas só tinha livros de Manga dos Cavaleiros do Zodíaco, da Sakura e de outros.
Quem diria né? Eu que achava que ia odiar a feira, acabei sendo a que mais se divertiu.