porque a vida sim

é uma caixinha de SURPRESAS.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Olhe bem para este relógio.


Vai dizer que você não tem uma amiga que sempre conta que o cabelo dela está ruim (sendo que está sempre bom), acha que nenhum cara gosta dela (embora ele dê e leve foras em proporção normal) e vive tendo crises profissionais do tipo acho-que-sou-uma-incompetente. (embora ela ganhe bem e trabalhe em um lugar super legal). Eu que me considero uma pessoa com auto-estima razoável, fazia todo um trabalho para ela se gostar mais, dizendo coisas criativas como: “Você é o máximo”, mas nunca deu muito resultado. Então, um dia, chegamos juntas a conclusão de que o único jeito dela passar a gostar mais dela seria a “auto-sugestão” – em vez de EU sugerir coisas para ela, ELA se sugere coisas, de modo que ela acredite nelas. Ou seja, um projeto praticamente psicanalítico. Tem funcionado para ela, pode funcionar pra você também.

O primeiro passo para se auto-sugerir coisas é se permitir automentir à vontade. Porque a ideia é falar para si mesma coisas com as quais você não concorda ainda – depois repeti-las até a exaustão, você vai acabar acreditando em tu-do. Vamos aos exemplos. Suponhamos que você esteja saindo do banho e passe na frente do espelho sem roupa. Sua reação imediata seria murmurar para si mesma observações amáveis como “Minhas pernas são tão finas/Estou uma baleia/Que monte de celulite” etc. Mas, no nosso processo de auto-sugestão você apenas sorri, diz “Nossa, a PLAYBOY pagaria milhões para me ter na capa” e veste a roupa.

Assim, o negocio é passar para sua mente uma imagem positiva de si mesma, até você começar a achar isso naturalmente. E não vale só para assuntos ligados à aparência, não. Vamos supor que você leve um fora. Pensamentos antes do processo de auto-sugestão: “putz, é claro que ele não ficaria comigo, ele é tão perfeito.” Pensamento depois do processo de auto-sugestão: “ ainda bem que não rolou. Tem milhares de caras mais legais que ele que perdem/perderão/perderiam noites de sono pensando em mim”. Ok, os pensamentos de auto-sugestão não são exatamente modestos, mas este é o ponto: EXAGERAR. Para que, assim, as mentalizações positivas invadam de vez sua cabeça e realmente mudem a ideia que você faz de si mesma.

Gostou? Certo, esse não é um método cientificamente comprovado, mas como eu sempre digo: quase todo dermatologista ama falar que não é cientificamente comprovado que chocolate de espinha e nós sabemos que dá (se não dá em você, desculpe). E se você prefere aderir a uma estratégia mais ortodoxa, do tipo se dar um banho de loja ou alcançar o equilíbrio por meio do estimulo dos chacras (o que quer que isso signifique), vá em frente. O importante é: goste de si mesma. A vida fica MUITO mais divertida assim, e não falo isso para me ou lhe auto sugerir nada – é verdade, pode acreditar.

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